quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Fala Mestre!






Ação Educativa e Observatório da Educação convidam para o Debate Desafios da Conjuntura
“Fala Mestre! Fala Mestra! O silêncio do professorado na educação”

A Educação vem ganhando espaço no debate público. A mídia reproduz opiniões e análises de governantes, empresários, pesquisadores, artistas, jornalistas... todos falam sobre o tema. Ou, quase todos: constata-se que falta a voz dos professores nesta conversa. Por que isto acontece? Quais as razões para o silêncio dos professores sobre educação? Este é o tema de mais uma edição da série Desafios da Conjuntura, participe!

Convidados:
Dalmo Dallari (Jurista)
Carlos Ramiro de Castro (presidente da Apeoesp)
Fabio Mazzitelli (repórter Diário de S. Paulo)
José Luiz Feijó Nunes (professor rede pública estadual de educação)

Data: 9 de outubro de 2007 às 9h30
Local: Auditório da Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque - São Paulo
(próximo à estação Santa Cecília do Metrô)

Inscrições: observatorio@acaoeducativa.org
F: 11 3151-2333 ramal 175, com Elizabete

Parceria:
Artigo 19

Apoio Institucional:
EED

Apoio:
Save The Children
Fundação Ford
Avina

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

FESTA!





Car@s,

É com alegria que convidamos a todos para a festa de lançamento do evento "Cultura e conhecimento livres: disputas, práticas e idéias".



A entrada é livre, gratuita e bem-vinda!

Performances, dj, vj, comes e bebes, grafite, rap, cordel com repente e o microfone aberto pra quem quiser participar.




Dia 21 de setembro (sexta-feira), das 19h às 23.30h.

Na Ação Educativa - rua General Jardim 660, Vila Buarque (próximo ao metrô Sta. Cecília).

Ação Educativa
Epidemia

Lançamento do Suburbano Convicto



Lançamento do livro do Alessandro Buzo - Suburbano Convicto

AGENDE-SE
Dia 25 de setembro (19hs)
Local: Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 - Metrô Santa Cecilia - São Paulo -SP
Inf: suburbanoconvicto@hotmail.com

Livro R$ 20,00.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de setembro, terrorismo e o quê mesmo? ah..imigrantes...

A União Européia quer impedir seus moradores de completarem buscas na internet pelas palavras “assassinato”, “bomba”, “terrorismo” e afins. É como achar que se ninguém mais falar “merda” a merda não acontece.

De um lado a europa quer reprimir mais e mais, do outro surge Colin Powel com uma afirmação semi-gloriosa de que os terroristas não são a maior ameaça à América, e sim eles mesmos.

Seria gloriosa se fosse verdade em todos os sentidos, mas eu achei que era mais uma jogadinha de marketing. Mas quem sou eu afinal pra afirmar qualquer coisa, não é?

Ele disse: “Qual a maior ameaça que nós enfrentamos agora? As pessoas diriam que é o terrorismo. Mas algum terrorista poderia mudar o modo de vida americano ou o nosso sistema político? Não. Eles podem derrubar um prédio? Sim. Eles podem matar? Sim. Mas eles podem mudar nosso jeito de ser? Não. Só nós podemos mudar a nós mesmos. Então qual a grande ameaça que nós enfrentamos?”.

("What is the greatest threat facing us now? People will say it's terrorism. But are there any terrorists in the world who can change the American way of life or our political system? No. Can they knock down a building? Yes. Can they kill somebody? Yes. But can they change us? No. Only we can change ourselves. So what is the great threat we are facing?").

Powel disse também que quer mudar o modo como todo o resto do mundo vê os americanos. Ele quer que a nação seja mais receptiva e amiga. Tratar bem os imigrantes é a forma como a América sobreviverá segundo Powel.
Hum...ele é realmente um gênio não acha?
Pfff...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Scroogle

É um tanto paranóico na minha opinião, mas nos dias em que a conspiração mundial e controle total de mentes surge como pensamento reflexo da noite mal dormida e da fome por uma "vida-explosiva-hollywood", então eu acredito que o google quer dominar o mundo.

Mas se vc acredita mesmo sem nada do que eu disse acima, então use o Scroogle.

Quando você solicita uma busca nele, ele envia para outros servidores e depois solicita a mesma busca o google, o resultado faz o mesmo trajeto e seu rastro de pesquisa é apagado; os robozinhos felizes da google ficam achando que você quando fez a pesquisa estava na "tasmânia" por exemplo.

Ele não guarda informações de sua pesquisa ou computador para a Big Mega companhia que esta crescendo de um jeito, que até Deus tem medo.
Agora, resta vc confiar que o scroogle tb não está fazendo a mesma coisa. Alías, resta vc confiar que o filho da puta do síndico tb não rastreia seus passos pra ver se vc não tem dinheiro pra decorar o condomínio, ou confiar se o porteiro da faculdade tb não te rastreia pra ver se vc não tem namorado.
Enfim...paranóia é paranóia.

domingo, 9 de setembro de 2007

Traficantes de informação

Em virtude da minha atual situação de sem teto, ou como eu vivo dizendo; minha vida de plâncton, esse blog anda meio desatulizado. Porém, com fé e orgulho eu venho a dizer que estou trabalhando e muito junto com grupos e pessoas para agregar novas cabeças ao movimento de cultura livre.

Agora em outurbo acontecerá um ciclo de debates acerca de propriedade intelectual na periferia de são paulo. Grupos e comunidades locais e outras que possuem o interesse de partilhar essa discussão favor ir à festa de lançamento do projeto na Ação Educativa (r. general jardim 660 - vila buarque) no dia 21 de setembro, a partir das 19:30. Pq afinal de contas, debater é preciso, mas uma cachacinha é tudo de bom!

O Epidemia também está nesse projeto e dia 27 de setembro estaremos fazendo um debate preparatório no mesmo local, também aberto aos interessados. Queremos ser, não apenas um bando de intelectuais com mãos limpas, mas um bando de disseminadores, revolucionários, e como diz o MV Bill, traficante de informação (não vendemos informações, apenas espalhamos como um bom vírus). Aliás,é bem isso o que nós queremos e desejamos: trocar idéias, comunicarmos, trocar figurinhas e quem sabe construir algo novo.

Mais pra frente haverá mais ifnromações, até lá e espero alguns interessados nesse debate (ou pelo menos na festinha do dia 21).

20 minutos


O jornal espanhol 20 minutos está sob creative commons. A licença do jornal permite a cópia, a reprodução, distribuição e geração de obras derivativas das matérias do jornal desde que o autor seja citado.

Não achei o jornal lá muito bom, mas a iniciativa é bacana. Também não sei se apenas o ctrl+c ctrl+v será usado de forma pertinente, mas enfim, veremos...

domingo, 2 de setembro de 2007

Pegue e passe pra frente!

Esse texto foi escrito pelo Fernando Kinas para a apresentação do projeto do Epidemia com parceria da Ação Educativa, e representa o coletivo Epidemia do qual eu faço parte...

Pegue e passe pra frente!


Hoje a questão a responder é a seguinte: porque nós estamos aqui, o coletivo Epidemia, com a Ação Educativa, com dezenas de artistas, ativistas, gente do centro e da periferia, gente da ação e gente da reflexão? Este texto tenta responder a questão.

O Epidemia surgiu há dois anos, mas o nome só veio mais tarde, para discutir o atual sistema de propriedade intelectual e encontrar alternativas aos modelos hegemônicos de direito autoral e de patentes. Nosso objetivo principal pode ser resumido assim: desmercantilizar a cultura e o conhecimento. Nosso horizonte: uma sociedade não capitalista, com livre acesso aos saberes e aos prazeres.

Mas vamos começar com duas historinhas. Há poucos dias um grande jornal publicou matéria mostrando quem fica editando as definições da wikipédia, aquela enciclopédia na internet construída em ação colaborativa por milhões de pessoas. E o que se descobriu? Que o Vaticano mexe nos textos sobre os santos, tentando melhorar eles na fita. Que a CIA mexe na biografia dos seus desafetos políticos. E também que a Ford, a Helliburton (a empresa que foi ganhar dinheiro no Iraque invadido), a Pepsi e outras corporações apagam o que não interessa pra eles. “O que é ruim a gente esconde” já disse um tucano de triste memória.

Segunda historinha: tem um mundo de gente baixando coisas pela internet, inclusive livros, e sabe quem são os campeões?, os livros mais baixados? Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Harry Potter e o Cálice de Fogo, Harry Potter e a Ordem da Fênix, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, Harry Potter e as Relíquias da Morte…

Moral provisória destas duas historinhas: não adianta ter instrumentos de produção e circulação de informação, de compartilhamento de idéias, de troca de conhecimento, se a gente não sabe o que quer da vida, se a gente for papagaio, miquinho amestrado, colonizado crônico. Não adianta baixar música de graça pra ficar ouvindo Sandy e Júnior.

É por isso que nós estamos aqui hoje. Porque cultura e conhecimentos têm que ser livres e de qualidade. Nós vivemos vinte anos de ditadura militar. Sem falar de outras ditaduras, como a da economia (não custa lembrar que a economia faz parte da sociedade e não vice-versa!) E tem ainda outra ditadura, a da globalização, que por estas bandas significa aceitar o lixo e calar a boca. Então, é preciso aprender a ser livre.

Por isso nós estamos propondo um projeto, que vai acontecer na periferia de São Paulo e em Fortaleza. E este projeto tem que ser daqueles que pensam a cultura e daqueles que fazem a cultura. E mais, o projeto deve ajudar aqueles que fazem arte e cultura a pensar a arte e a cultura, e aqueles que pensam, a exercitar. A política, mesmo a política de esquerda, do jeito que está, mais desagrega do que junta, mais congela do que esquenta.

E ainda tem mais, esse projeto é um grande pretexto, pretexto pra fazer o futuro e não ficar esperando. E o futuro é maior do que seis dias de encontros. Mas sem parceiros não vai pra frente. Então, cada festa, cada oficina, cada encontro ou reunião é também um convite. Convite sem receio, convite pra somar, pra fazer junto. Chega de lembrar só o que nos separa, e nós nos sabemos diferentes, mas também iguais em muita coisa.

Os quarenta livros da Cooperifa e da Toró, os grafites gravando outra história na cara da cidade, os cd’s de rap (esses “livros sonoros da periferia”) que não são produtos com verniz, como o das grandes gravadoras (sacos vazios que não param em pé porque não tem nada dentro), a dança negra/dança ancestral, o teatro que recusa a forma-mercadoria, o vídeo e o cinema que não copiam roliúde, a Semana de Artes Moderna da Periferia. Tudo isso, e muita força, muita dignidade, muita beleza, que as vezes se veste de ira, de porrada bem dada no boca do estômago, tudo isso e ainda o que está surgindo nestes dias que são virgens, que são, quem sabe, imunes ao velho, imunes à prudência medrosa e imunes à opressão e ao cinismo, e prenhes de ousadia e alegria. Tudo isso está na ordem do dia, ou seja, já está debaixo do nosso nariz e ao mesmo tempo precisa ser inventado a cada instante, em todo lugar, em casa, no bar, no trabalho, na reunião, no sarau, no futebol, na escola, na rua.

Cada celular travado que só funciona numa operadora, cada cópia de livro que deixa de ser feita, cada remédio que custa o olho da cara, cada semente patenteada, cada filme que não vai pra sala de cinema, significa propriedade resguardada e acesso negado, significa privatização do conhecimento e da cultura. Nós queremos outra coisa, por isso nós nos chamamos epidemia. Na epidemia a lei é: pegue e passe pra frente. Pegue, use, mude, copie, transforme, subverta, e passe pra frente. Porque o tempo é agora, porque tem que ter pra todos, porque quem espera nunca alcança, porque é tudo nosso!

Força!

Coletivo Epidemia